Equipamento pode dobrar ou até triplicar as chances de sobrevivência de quem sofre uma parada cardiorrespiratória

O desfibrilador é um equipamento crucial para estimular os batimentos cardíacos em situações de parada cardíaca ou de arritmia. O aparelho emite uma carga elétrica moderada no coração, com o objetivo de estabilizar os batimentos do paciente, estejam eles muito lentos, acelerados ou mesmo inexistentes. Esse choque reorganiza as células do organismo e estimula o órgão a voltar a bombear sangue e retomar seu funcionamento normal. 

O SCC conta com dois DEAs (desfibriladores automáticos) que podem ser manuseados pela nossa equipe de Guarda-Vidas em caso de emergências no Clube. Dados apontam que o uso do equipamento no socorro imediato das vítimas pode dobrar ou até triplicar as chances de sobrevivência.

 

Como utilizar o DEA

O modelo pode ser usado por pessoas leigas, desde que tenham passado por um treinamento simples. Ele é capaz de verificar o ritmo de batimento cardíaco do paciente e, caso necessário, realizar a descarga elétrica para que o coração retorne ao batimento correto. O próprio aparelho regulará a carga de energia adequada, sem que o operador precise realizar qualquer tipo de configuração.

A leitura do ritmo é feita por meio de pás adesivas que devem ser presas ao tórax. Usado em casos de parada cardiorrespiratória, o aparelho identifica o ritmo cardíaco ou a fibrilação ventricular existente em 90% dos casos de paradas cardíacas.

Ambientes em que circulam mais de mil pessoas por dia devem obrigatoriamente ter um DEA, de acordo com a legislação vigente – é o caso de estádios, supermercados, aeroportos, clubes, dentre outros espaços.

A seguir, veja algumas dicas gerais de como usar o aparelho. O ideal, no entanto, é atentar para as instruções específicas existentes em cada dispositivo, caso seja necessário utilizá-lo.

  • Após o aparelho ser ligado, ele dará instruções do que precisa ser feito.
  • Em seguida, coloque os eletrodos, conforme a indicação do aparelho. A maioria traz ilustrações que mostram onde cada um deve ficar. O eletrodo do lado direito deve ser colocado abaixo da clavícula, na linha hemiclavicular, e o eletrodo esquerdo nas últimas costelas, abaixo do mamilo esquerdo.
  • Com essa disposição, o choque deverá passar pelo máximo de fibras cardíacas. É como se o coração sofresse um reset e voltasse a funcionar da maneira correta.
  • O aparelho pedirá para que seja colocado o cabo na luz que estiver piscando. Em seguida, o DEA define se dará ou não o choque. Caso o choque não ocorra, o ideal é continuar com as compressões cardíacas.
  • Antes de o choque ser emitido, é importante se certificar de que ninguém esteja encostado na pessoa ou no aparelho. Após o choque, recomece a compressão cardíaca.
  • O aparelho deve continuar no paciente até que uma equipe de suporte avançado chegue.

Fonte: Cmos Drake