Mulher de energia
Conheça a história de Veridiana, a primeira eletricista mulher do SCC
Os/as eletricistas são os/as profissionais responsáveis por manutenções preventivas e corretivas de instalações elétricas, montam quadros de distribuição e cabines, realizam instalações novas, fazem reformas e efetuam substituições em instalações e quadros, zelam pela iluminação noturna externa e interna, portanto são indispensáveis para a segurança elétrica de residências e estabelecimentos.
Veridiana Chinez Sentanin conta, em entrevista exclusiva para a Revista do São Carlos Clube, que se interessou pela profissão durante a gravidez de seu filho Pedro Ernesto. “Um amigo de escola com quem eu tinha contato estava montando uns painéis e precisava de ajuda. Me propus a ajudá-lo. Auxiliei nas montagens de quadros de distribuição e comando, separando ferramentas e materiais, e mais adiante, por incentivo de uma pessoa muito querida, iniciei o curso técnico em eletrotécnica”, relembra.
Ela revela que durante o curso passou por um problema familiar e passou a atuar como auxiliar de eletricista na empresa que fez a reforma elétrica do Ginásio João Marigo Sobrinho, em outubro de 2012. “Coincidentemente, meu primeiro contato direto com a profissão foi no SCC, o ginásio foi inaugurado em 2013. Após esse período, já formada, fui trabalhar como terceirizada na UFSCar, onde permaneci por três anos.”
Desde 2012 ela passou a prestar serviços no São Carlos Clube, em várias obras. “Auxiliei na substituição da iluminação das quadras de tênis, reforma e instalação das salas de dança da academia, mudança e instalação do placar do campo, mudança e instalação dos placares do ginásio de tênis e alteração na altura da rede de proteção no ginásio de tênis.” Em junho de 2020, ela passou a ser colaboradora efetiva da equipe do São Carlos Clube.
Sobre dificuldades e machismo na profissão, Veridiana conta que seus desafios são “cavar valetas ou fazer muita força”. Já a altura, que é sinônimo de dificuldade e temor para muitos, para ela é uma paixão. “Para nós, que aguentamos uma gestação de nove meses, aguentamos o parto e cuidamos dos filhos, da família e ainda trabalhamos fora, existe algo impossível?! Com fé e vontade de vencer, não há machismo que se sustente.”
Veridiana está muito feliz no São Carlos Clube e faz questão de agradecer as pessoas que a inspiram até hoje. “Agradeço ao Sr. José Lopes Motz, engenheiro eletricista que me incentivou a fazer o curso técnico em eletrotécnica; ao Sr. Antônio Frederico Comin, professor e engenheiro eletricista, que ao final do curso me incentivou a entrar como eletricista terceirizada na UFSCar, onde me confiou muitos desligamentos e aprendi muito sobre média tensão — foram três anos de muito aprendizado; aos Srs. Mauro Udo, Gilberto Luiz Gussi e Gildo Gregorio, que me deram a chance de integrar a equipe de funcionários do SCC e acreditaram nessa mudança. E a todos os colegas de trabalho que me receberam muito bem nesta família SCC, minha eterna gratidão”, finaliza.
Mulher de fibra
Conheça a história de Jucelene, a primeira mulher porteira do SCC
Porteiros/as são profissionais fundamentais ao bom funcionamento das edificações, e suas responsabilidades vão além da recepção dos visitantes. Representam o cartão de visitas do estabelecimento e são as primeiras pessoas a observar quem entra e quem sai da edificação, garantindo a segurança e privacidade dos moradores ou frequentadores do espaço.
Além disso, recebem correspondências e sabem o que fazer quando algo fugir à normalidade (emergências, assaltos, pessoas estranhas rondando o local e/ou incêndios). “Faz parte do papel do porteiro ser pontual, educado, ser prestativo, zelar pelo patrimônio da empresa, controlar o acesso à portaria e portões de estacionamento, estar sempre alerta, ter mais atenção com as crianças e idosos e ter firmeza em suas atitudes”, explica a porteira Jucelene da Silveira.
Ela conta que sempre gostou desse setor. “É uma profissão muito importante. Estou na área há 8 anos e há cinco meses no SCC.” Seu principal desafio é ficar atenta cem por cento do tempo. “Temos que ser muito observadores para evitar situações indesejadas.”
Jucelene esclarece que já sofreu muito preconceito por ser uma mulher ocupando o cargo de porteiro, mas destaca que o importante é seguirmos nosso coração.
Inspirada pela mãe e filhas, que sempre a apoiaram, Jucelene dá um recado a todas as mulheres: “Nunca desista dos seus sonhos, de seguir a profissão que deseja”.
Mulher de fôlego
Conheça a história de Andreia, a primeira guarda-vidas mulher do SCC
Proteger, salvar e orientar pessoas em ambientes aquáticos é uma das principais atribuições do profissional que atua como guarda-vidas. Andreia de Souza Cândido Garcia, a primeira guarda-vidas do São Carlos Clube, contou, em entrevista exclusiva à Revista do São Carlos Clube, que atuava no setor de saúde quando foi convidada por amigos bombeiros a mudar de área. “Sempre sonhei em atuar na profissão, uma profissão honrosa, a satisfação de salvar.”
Ela revela que seu primeiro trabalho na área foi no São Carlos Clube e que está muito feliz com a experiência. “Agradeço a oportunidade, por poder mostrar meu trabalho ao lado dessa maravilhosa equipe.”
Sobre os preconceitos na profissão, ela esclarece que foi muito bem recebida no Clube, onde todos os profissionais do setor eram homens. “Os companheiros guarda-vidas Oziel, Fabio, Estevan, Diego, Caricari e os amigos que trabalham na piscina (Paulo e Miguel), todos me receberam de braços abertos. De fato, existe um preconceito enraizado nas pessoas, entretanto, na atualidade, as mulheres vêm se destacando na sociedade e muitas delas são chefes de família. Hoje fazemos parte de profissões que antes eram designadas para homens, sendo uma delas a de salva-vidas. É um desafio, mas vamos cada vez mais nos igualando dentro de nossas possibilidades.”
Orgulhosa em ter seu esposo como inspiração, ela agradece ainda a seus colegas bombeiros, que confiaram em seu potencial, e também a Paulo e Maurício (respectivamente, da Volkswagen e da Unimed), que trabalharam com ela há muito tempo, além de aos novos amigos de trabalho. “Foi uma surpresa o jeito que eles me receberam, com respeito, simplicidade e companheirismo. Só tenho a agradecer.”