Dia do Bibliotecário

A associada e conselheira Beatriz Ceneviva nos fala sobre sua profissão

No dia 12 de março comemoramos o Dia do Bibliotecário. Eles atuam como agentes sociais e são também importantes mediadores do conhecimento. “Um bibliotecário tem o papel de um administrador da informação. Tem por função a construção do conhecimento, processando e disseminando a informação, tornando-a acessível ao público. O seu campo de atuação é amplo, além de bibliotecas. O bibliotecário necessita desenvolver-se culturalmente para bem executar suas funções”, explica Beatriz Helen Ceneviva Deiroz, associada, conselheira e bibliotecária há 32 anos.

Ela revela que não conhecia o curso. “Nunca fui uma ‘rata’ de biblioteca, apesar de gostar muito de ler. Após largar o curso de Psicologia na PUC-Campinas, voltando para São Carlos, uma amiga me falou sobre o curso e me interessei justamente por gostar muito de literatura e de artes. Prestei o vestibular, ingressando no Curso de Biblioteconomia, e já na primeira aula amei de paixão, foi onde me encontrei.”

Sobre desafios, ela diz que é necessário estar sempre antenada à tecnologia, pois muito mudou em uma biblioteca. “Os suportes de informação passaram das fichinhas e arquivos de aço para os suportes digitais. A tecnologia veio para facilitar o acesso à informação. Aquele padrão antigo de biblioteca está se tornando obsoleto muito rapidamente. Para me atualizar, cursei uma MBA em Gestão da Informação, pois existe muito conhecimento na área com o objetivo de facilitar e acrescentar no acesso à informação.”

 

Futuro das bibliotecas

Beatriz acredita que, com o surgimento das bibliotecas digitais, onde são armazenados todo tipo de informação, como e-books, fotos e vídeos digitais, o bibliotecário, em futuro bem próximo, não mais trabalhará somente com os livros impressos, mas com as informações em seus diferentes formatos. “Temos experimentado uma revolução nos meios de comunicação através da informática. As informações já estão chegando on-line às bibliotecas digitais, e será preciso, portanto, se capacitar para essas novas tecnologias. O bibliotecário do futuro também terá que adequar o espaço físico da sua biblioteca, tornando-a um ambiente agradável e aconchegante para leitura, seja de livros impressos ou de e-books, além de oferecer excelente conexão wi-fi para as pesquisas e o estudo.”

Mesmo com tanta tecnologia, ela acredita que os livros impressos não se tornarão obsoletos nem deixarão de existir, mas com o avanço do e-book os usuários terão que se adaptar à leitura em tablets, celulares e outros equipamentos. “Alguns dizem que o livro impresso um dia poderá deixar de existir, mas não será em breve, dependerá do avanço da informática e de novas tecnologias apropriadas para a leitura. Há, ainda, muito espaço para os livros impressos na nossa sociedade.”

 

Alegrias da profissão

Para Beatriz, além de sua formatura, um dos momentos mais felizes de sua profissão foi o ingresso na Universidade de São Paulo (USP), campus de São Carlos, e a homenagem que recebeu na Câmara Municipal de São Carlos em 16 de março de 2017, pelo Dia do Bibliotecário.

Inspirada nos pais, que sempre incentivaram — ela e os irmãos — a cursarem uma faculdade ou universidade para a realização profissional, Bia deixa um recado aos interessados pela profissão. “Biblioteconomia é um curso lindo. Hoje o curso mudou muito. Seu currículo é outro, agora há muita tecnologia, necessitando um maior conhecimento na área de informática. Mas vale muito a pena cursá-lo.”