Feriado nacional foi marcado por hasteamento das bandeiras no SCC
No dia 7 de setembro, Dia da Independência do Brasil, a Diretoria Executiva do São Carlos Clube, seguindo todas as regras sanitárias e de segurança adequadas à nova situação, realizou o hasteamento das bandeiras do SCC, de São Carlos, de São Paulo e do Brasil, com execução do hino nacional.
As bandeiras que identificam as nações têm um significado profundo para os povos que a adotaram. O ato de hastear a bandeira de um país que tenha vencido uma competição, acompanhado da execução do hino nacional, desperta fortes sentimentos, sejam nacionalistas ou não. De maneira geral, as bandeiras nacionais são criadas em momentos históricos que tenham mobilizado uma sociedade (ou parte dela) em torno de um grande objetivo político, como quando um país consegue sua independência política ou, então, quando ocorrem mudanças de regimes ou de governos.
Desde o Descobrimento, o Brasil já teve 12 bandeiras oficiais, mas, dessas, apenas três foram criadas após o país tornar-se independente. A bandeira atual foi idealizada por Raimundo Teixeira Mendes e por Miguel Lemos e hasteada às 12 horas do dia 19 de novembro de 1889, data em que passou a ser comemorado o Dia da Bandeira. Esta bandeira seguiu, parcialmente, o modelo da bandeira imperial, substituindo o símbolo da coroa pela esfera azul-celeste na qual está contida a frase “Ordem e Progresso” e 21 estrelas representando cada um dos estados existentes na época e o Distrito Federal. Com as mudanças político-administrativas, atualmente são 27 o número de estrelas. Em sua versão original, a disposição das estrelas na bandeira representava o céu do Rio de Janeiro exatamente às 20h30 do dia 15 de novembro de 1889.
Hino Nacional
Em 1831, o povo já o cantava nas ruas, adotando-o espontaneamente, a partir de então, como o Hino Nacional Brasileiro. Durante quase um século, o Hino Nacional Brasileiro foi executado sem ter uma letra oficial. A despeito das diversas tentativas, não conseguiam oficializar uma letra. Os versos não eram bons: os primeiros, carregados de ressentimentos, insultavam os portugueses; os outros pecavam pelas bajulações ao soberano reinante. Assim, a composição de Francisco Manuel da Silva – uma marcha destinada à consagração do hino – apenas em 1909 recebeu uma letra definitiva. E somente em 1922, finalmente completa, foi oficializada como o Hino Nacional Brasileiro.
Símbolo sonoro da Pátria, e, como tal, tem suas versões musicais, sua execução e sua apresentação regulamentadas em lei, o Hino Nacional foi oficializado em 1890 por determinação do Governo Provisório da República, por meio do Decreto nº 171, de 20 de janeiro de 1890. Assim, ele é executado em continência à Bandeira, ao presidente da República, ao Congresso Nacional e ao Supremo Tribunal Federal, assim como em outros casos determinados pelos regulamentos de continência ou cortesia internacional.
Sua execução é permitida ainda na abertura de sessões cívicas, nas cerimônias religiosas de caráter patriótico e antes de eventos esportivos internacionais. Tanto o hasteamento da bandeira quanto o canto do hino nacional nas escolas tornaram-se obrigatórios com a Ditadura Militar de 1964. Esses símbolos eram usados como instrumentos de controle político e ideológico. A partir de 1984, esses dois atos tornaram-se optativos, assim somente algumas escolas estaduais e municipais ainda o praticam.
Dados históricos extraídos do artigo de autoria de Maria Cristina Floriano Bigeli e Cesar Augusto dos Santos