Há mais ou menos 20 anos, peguei um violãozinho velho que ficava pendurado na parede da casa de meu pai. Nessa época, com 11 anos de idade, nem poderia imaginar que esse simples movimento mudaria o resto da minha vida. Eu me lembrava das músicas que ouvia em rádios por aí e sentava por horas, buscando notas das quais nem sabia o nome, só pra tentar "tocar" algo parecido com música. Acredite, deu certo! A partir daí o interesse pelo instrumento tomou conta! Logo, as notas perdidas se tornaram acordes, os acordes se tornaram músicas e, quando você sabe tocar cinco músicas, o próximo passo é conseguir uma banda! Sim! Uma banda formada por quatro ou cinco pessoas, mais ou menos da mesma faixa etária, que também só sabem tocar as mesmas cinco músicas. Pronto! Consegui uma banda!
Costumo dizer que não é você quem escolhe a arte, a arte é quem escolhe você. Àquela altura do campeonato, eu já havia sido escolhido. O modo como estudava, me doava e acreditava na música me levou a tocar em bares, restaurantes e festas universitárias de São Carlos, aos 13 anos de idade. Nessa mesma época vieram as primeiras composições, simples, até mesmo um pouco imaturas nas ideias e palavras.
Alguns anos se passaram e muitas dúvidas quanto ao que fazer quando for adulto apareceram. De um lado, a música não saía da minha vida; do outro, aquela "pressão social" que leva você a acreditar na ilusão de que é impossível viver de arte no Brasil... Acreditei nisso por alguns anos e virei publicitário! Fui fazer arte em outro lugar, mas nunca me distanciei da música. Segui fazendo meus shows e compondo minhas músicas, hora com banda, hora voz e violão. MPB e o pop/rock, nomes como Chico César, Lenine, Zeca Baleiro, Cazuza e Cássia Eller permeiam minhas influências e são percebidos em meu trabalho autoral.
Em 2017, ainda me equilibrando entre duas profissões, lancei meu primeiro disco, no formato EP (Extended Play). O EP Bem-vinda ao lar é composto por cinco músicas autorais, uma delas um reggae com arranjos do Maestro Tiquinho.
Em 2018 me mudei para São Paulo (capital) e passei a viver exclusivamente para a música. Desde então concilio a agenda de shows na capital e no interior. Em São Paulo fiz novas parcerias musicais que amadureceram meu trabalho, trazendo um frescor para novas composições. Agora me preparo para o lançamento do single Chega, um feat com a rapper Souto MC, com produção musical e arranjos do renomado músico Webster Santos, que será lançado nas próximas semanas.
Ainda para este mês também estreio um programa no estilo reality show da Netflix. Este ainda não estou autorizado a divulgar, mas fiquem de olho e sigam as novidades através das minhas redes sociais!